A gastroperformance “Dádiva” foi apresentada no pavilhão da Bienal durante o evento Geração Senac, realizado para jovens de escolas públicas.

 

A obra foi inspirada na teoria da reciprocidade do filósofo Marcel Mauss, que propõe a troca mútua como princípio social.

No primeiro ato, os participantes recebem um palito de fósforo comestível, feito de chocolate, que explode ao ser mordido, simbolizando a faísca do afeto de cada um. Enquanto as explosões ressoam em sua boca, os comensais atravessam um túnel repleto de labaredas. Ao sair do túnel, são recebidos por um performer que entrega o “fogo do afeto”, representando a multiplicação dessa energia interna. Em seguida, são conduzidos ao ato final, centralizados na Dádiva

O performer explica a importância da chama individual, convidando cada um a fechar os olhos e refletir sobre a área de suas vidas onde desejam despertar essa energia. Após essa reflexão, cada participante insere a chama em um pote de ouro, simbolizando o crescimento desse desejo. Neste instante, a lenda é inflada, representando simbolicamente essa expansão.

O performer então compartilha o simbolismo dos elementos:

o fogo, que representa o início, a primeira ação;

e a água, que simboliza a permanência dessa vontade.

Por fim, oferece um biscoito de água ou de fogo, permitindo que cada um escolha a qualidade simbólica de que mais precisa.